O ensaio de consistência de graxas consiste em medir a profundidade da penetração de um cone, com dimensões e massa especifica na graxa. O valor de consistência obtido, por meio da escala NLGI, fornece um parâmetro da qualidade da graxa para suportar as condições de operação. Quanto mais alta a penetração, menor o grau NLGI (menos consistente e vice-versa). A consistencia esta intimamente ligada a fluidez e espessura do filme formado, que afeta o desempenho sob desgaste dos materiais.
Normas: ASTM D217, ISO 2137
O ensaio de ponto de gota avalia a temperatura em que uma graxa começa a perder sua consistência pastosa e se transforma em líquida. Durante o teste, amostras de graxa são aquecidas em um forno de bloco de alumínio, em faixas controladas de temperaturas. O ponto de gota determina o intervalo térmico seguro para o uso da graxa, garantindo que ela mantenha suas propriedades de lubrificação sem se liquefazer, o que poderia comprometer a eficiência do sistema. Esse teste, aliado as análises térmicas de TG e DSC, é crucial para avaliar a estabilidade térmica do lubrificante.
Normas: ASTM D2265, ISO 2176
O ensaio de desgaste Four Ball é utilizado para simular condições de fricção metal-metal, como em rolamentos, avaliando a capacidade de lubrificação de graxas ou óleos. Durante o teste, três esferas fixas e uma esfera móvel são submetidas a pressão e movimento rotacional, gerando marcas de desgaste nos corpos de prova. O objetivo é medir o tamanho da marca de desgaste formada, proporcionando uma indicação da resistência ao desgaste que o lubrificante proporciona, além de sua eficácia em proteger as superfícies de contato sob condições de alta carga e fricção. Esse ensaio é essencial para avaliar a estabilidade e o desempenho de lubrificantes em condições extremas.
Normas: ASTM D2266
O ensaio de soldagem Four Ball é utilizado para avaliar a capacidade de um lubrificante em prevenir o processo de soldagem ou aderência entre superfícies metálicas sob cargas extremas. Durante o teste, quatro esferas de aço são dispostas de maneira a simular o contato entre as superfícies, enquanto uma esfera rotaciona sob pressão, por 10 segundos. A falha e detectada se houver soldagem entre as esferas.
Normas: ASTM D2596-20, ISO 20623
Através do kit de graxa do fabricante SKF é possível realizar ensaios quando se tem pouco volume de graxa.
As análises das partículas constituintes da graxa podem ser realizadas por meio de imagens obtidas através de um microscópio estereoscópico e posteriormente tratadas pelo Software Image J destacando-se as partículas e assim, sendo possível sua quantificação.
As partículas constituintes da graxa podem ser analisadas de forma semi-quantitativa via MEV-EDX.
Quando uma determinada graxa lubrificante se destina a ser substituída por outra em uma aplicação específica, há sempre a questão da compatibilidade entre elas. Mas como a compatibilidade é definida? O que realmente é avaliado?
A análise de compatibilidade de graxas avalia se a mistura entre graxas é segura e se as propriedades de cada uma são preservadas. São avaliadas propriedades como ponto de gota, estabilidade de cisalhamento e estabilidade ao trabalho mecânico.
Esta análise é extremamente importante uma vez que:
Norma: ASTM D6185
Graxa lubrificante é um produto sólido ou semi-sólido que contém, em sua estrutura, um óleo base e um agente espessante, sendo o lubrificante mais utilizado em rolamentos. A lubrificação é essencial para que sistemas com partes sólidas em contato tenham bom desempenho e vida útil longa. As graxas devem apresentar boa adesividade e resistência ao trabalho, além de suportarem bem ao calor e à ação da água e da umidade. A oxidação produz a deterioração da graxa e a diminuição da sua capacidade de lubrificação. O estudo da degradação de graxa analisa como a graxa se deteriora e perde a capacidade de lubrificação ao longo do tempo.
Fatores que degradam a graxa:
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